I
As costas revoltas orlas
recostam meu ser
As baías funduras que avisto
que sonho e insisto sem nunca saber
Mas sentir é saber
e saber das vísceras é visão de têmporas
temporais que limpam o que ficou para trás
O que ontem eram medo
hoje só mais um enredo
de montanhas e tais.
II
Somos tão iguais nas buscas
mas ninguém se atreve à simplicidade
busca-se sofisticação
e vira treva a solidão
Um abraço pode bem mais
um sorriso cura
a alma em desaviso
III
III
Tudo pode ser
diferente eloqüente
semelhante abundante
O amor que se propaga
é sol que irradia
é espelho que reflete
de dentro a ventania
IV
Recolhe-te aos teus espaços
como as aves retornam aos ninhos
depois de muito ver do alto
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