Repetir, repetir, até ficar diferente! Repetir é o dom do estilo (Manoel de Barros)
Peliano costuma brincar que a poes-ia e foram os poetas que a trouxeram de volta! Uma de suas invenções mais ricas é conseguir por em palavras lirismos maravilhosos, aqueles que percebemos de repente e temos a impressão que não vamos conseguir exprimi-los. Exemplos: de Manoel de Barros -"Deixamos Bernardo de manhã em sua sepultura. De tarde o deserto já estava em nós"; de Ernesto Sabato - "Sólo quienes sean capaces de encarnar la utopía serán aptos para ... recuperar cuanto de humanidad hayamos perdido"; de Thiago de Mello - "Faz escuro mas eu canto"; de Helen Keller - "Nunca se deve engatinhar quando o impulso é voar"; de Millôr Fernandes - "Sim, do mundo nada se leva. Mas é formidável ter uma porção de coisas a que dizer adeus". É como teria exclamado Michelangelo que não fora ele quem esculpiu Davi, pois este já estava pronto dentro da pedra, Michelangelo apenas tirara-o de lá. Então, para Peliano, o lirismo é quando nos abraça o mundo fora de nós, cochicha seu mistério em nossos ouvidos e o pegamos com as mãos da poesia em seus muitos dedos de expressão.
Seguem aqui ideias, poemas, observações, comentários, impressões, vídeos, depoimentos, entrevistas, enfim o que for de valor para compartilhar. São trabalhos literários bem como outros gêneros e áreas afins de mérito. Se não for mostrado algum trabalho não é por desmerecê-lo mas por não ter sido escolhido. As preferências de Peliano não julgam a qualidade dos trabalhos apenas que o "blogado" tem a ver com ele e quem sabe contigo também. Se não, siga Teilhard de Chardin: "the whole of life lies in the verb seeing" ("tudo na vida se assenta no verbo ver"). O símbolo do blog se refere a dois anzois primitivos feitos de ossos, um deles datado entre 16 a 23 mil anos, encontrados na gruta de Jerimalai, Timor Leste, sendo a 1ª evidência de um anzol feito pelo homem já encontrado (fonte: revista científica Science).
O soneto abaixo, Magia, de Os Pireneus e os Outros Eus, Editora Relume Dumará, Rio de Janeiro, 1996, com fotos de Roberto Castelo e poemas de Peliano, foi agraciado no mesmo ano por elogio do falecido poeta Cassiano Nunes em texto publicado no jornal Correio Brasiliense por lembrá-lo o grande poeta brasileiro Jorge de Lima. Peliano retribui o elogio nomeando o blog Janela de Poemas!
Magia
fazíamos poemas na janela que falavam de nós em vários temas e nos serviam como sentinela para não nos tornarmos uns problemas
fantasia, aventura, caos, novela, nossas emoções eram sempre extremas, a calma vinha por trova singela ou por uma janela de poemas
caminho entrecortado e imprevisível foi-se abrindo e fechando a nossa frente e os poemas contando a nossa vida
mas, eles hoje mostram o impossível não foram eles feitos pela gente somos a invenção deles concebida
Parabéns, nobre poeta, pelo lindo poema!
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