Peliano costuma brincar que a poes-ia e foram os poetas que a trouxeram de volta! Uma de suas invenções mais ricas é conseguir por em palavras lirismos maravilhosos, aqueles que percebemos de repente e temos a impressão que não vamos conseguir exprimi-los. Exemplos: de Manoel de Barros -"Deixamos Bernardo de manhã em sua sepultura. De tarde o deserto já estava em nós"; de Ernesto Sabato - "Sólo quienes sean capaces de encarnar la utopía serán aptos para ... recuperar cuanto de humanidad hayamos perdido"; de Thiago de Mello - "Faz escuro mas eu canto"; de Helen Keller - "Nunca se deve engatinhar quando o impulso é voar"; de Millôr Fernandes - "Sim, do mundo nada se leva. Mas é formidável ter uma porção de coisas a que dizer adeus". É como teria exclamado Michelangelo que não fora ele quem esculpiu Davi, pois este já estava pronto dentro da pedra, Michelangelo apenas tirara-o de lá. Então, para Peliano, o lirismo é quando nos abraça o mundo fora de nós, cochicha seu mistério em nossos ouvidos e o pegamos com as mãos da poesia em seus muitos dedos de expressão.

domingo, 22 de novembro de 2015

Poema da paixão impossível

se ficar com você não vai ter jeito
nem por promessas e preces a Deus
eu quero mesmo é ser um parapeito
para receber seus braços nos meus


Tributo ao rio Doce que adoça Minas

Tributo ao rio Doce que adoça Minas 
                                               José Carlos Peliano 

rio que era doce
qual batata doce
doce mais doce que doce 
rio que ia doce
pelo veio doce
da vida doce mais doce 
rio volte doce
por onde eras doce
doce da vida mais doce